Companhia - Republique du Zaire - Avião particular de Mobutu Sese Seko
Aeronave - Boeing 707-382B (9T-MSS)
Local - Aeroporto de Portela, Lisboa, Portugal
A história do velho Boeing 707-382B, do antigo presidente do Zaire, Mobutu Sese Seko, que ficou abandonado no Aeroporto da Portela, em Lisboa, durante cerca de 15 anos.
O “Mount Hoyo” aterrou em Lisboa em Outubro de 1991 para receber diversas modificações e trabalhos de manutenção nas oficinas da TAP.
A ANA acabou por ficar com o aparelho por ordem judicial, na sequência da dívida incobrável pelas taxas de ocupação do aeroporto de Lisboa, (armazenado em Junho de 1996). Esteve há venda num leilão pouco participado, até que um sucateiro de Sintra o desmantelou no final de Setembro de 2006. Hoje, restam o nariz (cockpit) e um motor que foram recuperados pelo Museu do Ar da Força Aérea Portuguesa.
“Dizia-se que tinha torneiras em ouro”, conta Fernando Mesquita, 47 anos, coleccionador de slides e investigador da história da aviação, que curiosamente, chegou a estacionar várias vezes esta aeronave no Aeroporto de Faro, onde trabalha há 25 anos nas operações aeroportuárias. Também Mobutu possuía uma residência no Algarve.
“Quando o Mobutu chegava, as comitivas eram algo de extraordinário. Ele gostava de ostentação, era um ditador africano à moda antiga. Uma vez, vieram cá comemorar o aniversário de uma filha. Veio ele num 707, depois chegou a mulher num 727. Depois, veio um DC-10 da Air Zaire carregado de gente. Muita gente. Isto foi de manhã. À tarde, chegou um jacto de aluguer fretado a uma empresa de Genebra. Pensámos que eventualmente trazia alguém que tivesse ficado para trás esquecido. Não. Tinha ido de propósito da Suíça a Kinshasa buscar uma mala da aniversariante que tinha ficado esquecida…”, recorda.
Como nunca foram pagas as dívidas, que ascendiam a milhares de euros, pois só à ANA a dívida rondava os 500 mil euros, e aumentava diariamente, as finanças colocaram o avião à venda pelo valor de 35 000 euros não tendo sido vendido.
Em 2006 a ANA procedeu ao desmantelamento do avião dado não haver compradores e o mesmo estar a ocupar espaço, tendo o Museu do Ar (Sintra-Granja dos Marquês) ficado com a frente para recuperar e expor.Este avião pertenceu à TAP que o adquiriu em 1968 e recebeu a matrícula CS-TBD e o nome de Lourenço Marques. A frente que está exposta, foi pintada com as cores da TAP de um dos lados e da FAP do outro.
O “Mount Hoyo” aterrou em Lisboa em Outubro de 1991 para receber diversas modificações e trabalhos de manutenção nas oficinas da TAP.
A ANA acabou por ficar com o aparelho por ordem judicial, na sequência da dívida incobrável pelas taxas de ocupação do aeroporto de Lisboa, (armazenado em Junho de 1996). Esteve há venda num leilão pouco participado, até que um sucateiro de Sintra o desmantelou no final de Setembro de 2006. Hoje, restam o nariz (cockpit) e um motor que foram recuperados pelo Museu do Ar da Força Aérea Portuguesa.
“Dizia-se que tinha torneiras em ouro”, conta Fernando Mesquita, 47 anos, coleccionador de slides e investigador da história da aviação, que curiosamente, chegou a estacionar várias vezes esta aeronave no Aeroporto de Faro, onde trabalha há 25 anos nas operações aeroportuárias. Também Mobutu possuía uma residência no Algarve.
“Quando o Mobutu chegava, as comitivas eram algo de extraordinário. Ele gostava de ostentação, era um ditador africano à moda antiga. Uma vez, vieram cá comemorar o aniversário de uma filha. Veio ele num 707, depois chegou a mulher num 727. Depois, veio um DC-10 da Air Zaire carregado de gente. Muita gente. Isto foi de manhã. À tarde, chegou um jacto de aluguer fretado a uma empresa de Genebra. Pensámos que eventualmente trazia alguém que tivesse ficado para trás esquecido. Não. Tinha ido de propósito da Suíça a Kinshasa buscar uma mala da aniversariante que tinha ficado esquecida…”, recorda.
Como nunca foram pagas as dívidas, que ascendiam a milhares de euros, pois só à ANA a dívida rondava os 500 mil euros, e aumentava diariamente, as finanças colocaram o avião à venda pelo valor de 35 000 euros não tendo sido vendido.
Em 2006 a ANA procedeu ao desmantelamento do avião dado não haver compradores e o mesmo estar a ocupar espaço, tendo o Museu do Ar (Sintra-Granja dos Marquês) ficado com a frente para recuperar e expor.Este avião pertenceu à TAP que o adquiriu em 1968 e recebeu a matrícula CS-TBD e o nome de Lourenço Marques. A frente que está exposta, foi pintada com as cores da TAP de um dos lados e da FAP do outro.
Artigo Algarve 123
Artigo Especialistas da Base Aérea 12
imagens Airliners
foto Pedro Aragão, Airliners
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