Turkish Airlines 981 - Paris - Março 1974

Data - 03/03/1974
Voo - Turkish Airlines 981
Companhia - Turkish Airlines (Türk Hava Yollari - THY)
Aeronave - McDonell Douglas DC-10 (TC-JAV Ankara)
Local - Floresta de Ermenonville, Fontaine-Chaalis, Oise, França
Rota - Istanbul, Turquia-Orly, Paris, França(escala)-Heathrow, Londres, Inglaterra
Vítimas - 346 (333 passageiros, 13 tripulantes)


O Voo 981 era uma linha aérea da empresa turca Turkish Airlines que ligava o Aeroporto Internacional Atatürk, na Turquia ao Aeroporto de Londres-Heathrow, na Inglaterra. Durante um voo ocorrido no dia 3 de Março de 1974, um McDonnell Douglas DC-10, prefixo TC-JAV, que realizava essa rota cairia numa floresta nos arredores de Paris, matando todos os seus 334 passageiros e 11 tripulantes.
Após decolar de Istambul, na manhã de 3 de março de 1974, o McDonnell Douglas DC-10 (Ankara), iniciava o voo 981 com destino a Londres e escala em Paris. A aeronave transportava apenas 167 passageiros (dos 345 disponíveis) e 11 tripulantes. A escala em Paris seria cumprida com o pouso realizado as 10h02 min no Aeroporto de Paris-Orly. Após ser reabastecido, o Ankara decolaria com trinta minutos de atraso, motivado por uma greve de tripulantes da British European Airways. Por conta da greve, centenas de passageiros (em sua maioria britânicos) ficariam presos em Paris. Sabendo desse problema, funcionários dos guichês da Turkish Airlines conseguiram embarcar 216 passageiros da BEA no voo 981 que se destinava a Londres, enquanto que outras companhias fariam o mesmo com boa parte dos demais passageiros atingidos pela greve.
O Ankara decolaria, lotado, por volta das 11h30 min. Após efetuar as correções habitais que o colocaria no rumo 345, o Ankara subiria até 6 mil pés e se despederia da torre de Orly, iniciando contato com o Centro de monitoramento da área Noroeste de Paris que o autorizaria a subir para o nível de cruzeiro de 23 mil pés. Durante a realização desse procedimento de subida ocorreu uma súbita descompressão e às 11h40 min, a tripluação do Ankara tenta lançar um pedido de emergência. No entanto, o Centro de monitoramento ouve apenas poucas palavras ditas em turco acomapnhadas de um ruído alto e desconhecido jutamente com os sons característicos dos alarmes de despressurização da aeronave. Cerca de 30 segundos depois, a transmissão do Ankara seria encerrada subitamente e nas telas dos radares, o voo 981 deixaria sua rota, mergulhando em direção ao solo, apesar dos esforços da tripulação para evitar o desastre. Por volta das 11h42 min, o McDonnell Douglas DC-10 TC-JAV Ankara caia com grande violência sobre a floresta de Ermenonville,localizada a 37 quilômetros ao noroeste de Paris, causando a morte instantânea de todos os seus 346 ocupantes.
Os primeiros socorristas da Gendarmaria Nacional chegariam ao local cerca de 1 horas depois da queda da aeronave e econtrariam apenas destroços e fragmentos de corpos humanos.
O inquérito oficial do acidente seria apresentado em fevereiro de 1976. A causa do desastre seria atribuída a uma falha no sistema de fechadura da porta do compartimento de carga que se abriu em pleno voo, causando uma descompressão explosiva. Essa falha já havia causado um incidente com o Voo American Airlines 96, que voava de Los Angeles para Nova Iorque com escalas previstas em Detroit e Buffalo. A porta traseira esquerda do compartimento de cargas mal fechada se abriu e foi ejetada sobre a cidade de Windsor, Canadá, causando uma descompressão explosiva que obrigaria a aeronave a retornar para Detroit, onde realizaria um pouso de emergência.
Após o incidente, onde nenhum passageiro seria ferido, a NTSB iniciou um inquérito onde descobrira a falha e emitiria posteriormente os Alerts Services Bulletin’s 52-27, 52-35 e 52-37 com recomendações para a realização de reparos e ou substituição de peças para a correção dessa falha. Os Alerts Services Bulletin’s seriam enviados para todos os usuários do DC-10, incluindo a Turkish Airways. Porém como a substituição da fechadura não era obrigatória mas sim recomendável, a empresa turca postergaria a realização da troca, colocando em risco os passageiros dos seus DC-10. A falha da fechadura seria agravada pelo mau fechamento realizado por um dos responsáveis pela bagagem no aeroporto de Orly. Após o desastre, a tarefa de fechamento de todas as portas da aeronave seria delegada ao engenheiro de voo.



Informação Wikipédia
Informação Aviation Safety
Imagens Airliners

Foto - M. Maibrink, Airliners

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