United Airlines 585 - Colorado, USA - Março 1991

Data - 03/03/1991
Voo - United Airlines 585
Companhia - United Airlines
Aeronave - Boeing 737-291 (N999UA)
Local - Security-Widefield, El Paso County, Colorado Springs,USA
Rota - Aeroporto Internacional de Stapleton, Denver-Colorado Springs, Colorado, USA
Vítimas - 25 (20 passageiros e 5 tripulantes)


O United Airlines 585 era um vôo doméstico com a rota a iniciar-se no Aeroporto Internacional de Stapleton, em Denver, Colorado com destino ao Aeroporto Municipal de Colorado Springs, que caiu na sua aproximação final para o aeroporto de Colorado Springs a 3 de março de 1991. Os 20 passageiros e cinco tripulantes morreram no acidente, quando o Boeing 737 que transportava ficou sem controlo, girando no sentido horário até cair.
Ao entrar na aproximação final para o Aeroporto Municipal de Colorado Springs, o voo 585 virou para o lado direito sem controle, causando a perda de controle por parte da tripulação. A co-piloto, primeiro oficial Patricia Eidson (42 anos) recolheu os ailerons do Boeing 737 em 15° para evitar que o avião caisse mais rápido. Apesar de suas tentativas de controlar o avião, a tripulação perdeu a batalha contra a morte e o avião caiu em Widefield Park perto da pista do aeroporto. O avião se desintegrou com o impacto e o combustivel que se encontrava nos taques inflamou, provocando um incêndio. Não existiram sobreviventes.
Os investigadores da NTSB (National Transportation Safety Board) avançaram como possíveis causas do acidente, erro do piloto, falha mecânica do motor ou ventos fortes na área no dia do acidente. Todas estas hipóteses foram descartadas. O gravador de dados foi retirado do acidente junto com o gravador de voz, e a válvula servodula do leme da cauda também foi para análise. A vávula servodual foi revista várias vezes, mas não encontraram nada que pudesse indiciar como causa do acidente.
O primeiro relatório do NTSB, que foi divulgado no dia 8 de dezembro de 1992, não determinou a causa provável do acidente. Este relatório não poderia encontrar qualquer evidência definitiva para explicar a queda do voo 585.
Três anos depois, a 8 de setembro de 1994, outro Boeing 737 sofreu o mesmo defeito, o voo USAir 427, que caiu perto de Pittsburgh. Tal como o vôo 585, não existiram sobreviventes, e também não chegaram a uma conclusão. Anos mais tarde, o mesmo problema voltou a acontecer, desta feita no Easwind Airlines 517, mas neste caso a tripulação conseguiu aterrar o avião, depois de ter ficado sem controlo do leme. Em 1996, a válvula servodual do leme da cauda do B737 que realizava esse voo foi submetido a um teste, que consistia em injetar nitrogênio líquido provocando o congelamento do dispositivo e de seguida deitar um liquido hidráulico quente. Este teste revelou o bloqueio da válvula servodual, que deixava de funcionar sob determinada condição, nomeadamente num ambiente muito frio, quando recebia o liquido hidráulico quente. Estava encontrada a causa dos incidentes Eastwind Airlines 517, United Airlines 585 e USAir 427.
Existia uma falha da válvula servodual do leme da cauda, que ficava bloqueada, sem qualquer explicação.
Como consequência, a Boeing mandou substituir a válvula servodual de todos os Boeing 737 que estavam em operação no mundo. Esta medida extremamente cara, visava evitar novas tragédias causadas pela obstrução da válvula servodual.




informação Wikipédia
informação Aviation Safety
imagens Airliners

Foto Mike Sparkman, Airliners

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