Companhia - TAP - Trasportes Aereos Portugueses
Aeronave - Lockheed L-1049G Super Constellation (CS-TLA Vasco da Gama)
Local - Aeroporto de Faro, Portugal
Encomendado em Dezembro de 1953 e fabricado pela Lockheed com o número de série 4616, um L1049G-82-81, modificado posteriormente para 1049G-82-123, foi vendido à TAP-Transportes Aéreos Portugueses como CS-TLA a 15 de Julho de 1955, com o certificado de exportação 27688 de 15 de Julho de 1955. Realizou o voo de entrega para Lisboa a 8 de Agosto de 1955.
Batizado como “Vasco da Gama” realizou o voo inaugural a 27 de Novembro de 1955 na rota Lisboa – Accra – Luanda – Lourenço Marques.
Retirado de serviço em Setembro de 1967 (TT 23.485 horas) foi vendido à International Aerodyne Incorporated que o transferiu para Miami, onde foi armazenado com a matrícula Portuguesa, que foi cancelada a 23 de Novembro de 1967.
Registado como N8338 em Julho de 1968 (registos do FAA), foi vendido a Jack A. Crosson a 21 de Novembro de 1968. Contudo o avião já estava a ser usado na ponte aérea do Biafra (estado independentista nigeriano) a 7 de Novembro de 1968 em Lisboa, com o registo N-53H. Posteriormente foi voado pela Phoenix Air Transport, batizado de “Endeavour”. Passou a ostentar um novo registo 5N-83H em Novembro de 1969, tendo sido abandonado em Faro a 13 de Novembro de 1969.
Em 1978 foi vendido por £350 a um sucateiro, que posteriormente o alienou aos irmãos Hohbert que o recuperaram e transformaram em restaurante (o “Super G”) junto à aerogare do aeroporto de Faro, de Maio a Setembro de 1981. Com as obras de ampliação da nova aerogare, teve o avião de ser retirado e desmontado.
O avião foi posteriormente colocado em 1988 num terreno junto à Metalofarense na EN125, onde durante algum tempo permaneceu abandonado e votado ao ostracismo.
Mais tarde, em Outubro de 1999, a fuselagem ardeu e os restos do avião foram posteriormente eliminados.
Um ícone da história da nossa aviação que se perdeu inexoravelmente perante a indiferença de todos……
Artigo Facebook
Faro já teve um avião histórico que hoje seria uma verdadeira atracção. Era o Lockheed Super Constellation “Vasco da Gama” construído para a TAP em 1955.
Foi o primeiro da companhia portuguesa, e mais tarde, esteve directamente envolvido na Guerra do Biafra (1967/70), a partir da capital algarvia. “Segundo contavam colegas mais antigos, houve um hangar que durante muito tempo esteve controlado pela PIDE, em colaboração com a CIA. Eles traziam feridos e regressavam com armas. Faro era uma base de operações, durante pouco tempo, mas isto aconteceu”, recorda Fernando Mesquita.
O “Vasco da Gama” acabou os dias aqui, tal como dois Constellation mais pequenos. A prova?
Recentemente, durante as obras da expansão do Aeroporto de Faro “quando fizemos a placa nova, demos com uma asa e um motor enterrado. A asa ficou lá e o motor foi para o lixo, era um pedaço de metal retorcido. Antigamente não se vendia para a sucata como hoje. Era mais fácil enterrar ”, revela.
O “Vasco da Gama” (Tango Lima Alfa) ainda serviu alguns anos de restaurante, em meados da década de 1980. Depois foi armazenado.
“Houve um projecto de um antigo director, que o queria recuperar e pôr em exposição na rotunda onde estão hoje as esculturas dos observadores”.
Ainda se fizeram “negociações e conversações”, mas a verdade é que o veterano avião da TAP acabou por ser abandonado num baldio no Patacão em 1999. Vândalos pegaram-lhe fogo e um sucateiro espanhol levou o resto.
“O avião ardeu. Passado um mês e pouco, recebi uma chamada da Suíça, de uns senhores que estavam a restaurar o Super Constellation da Breitling” que hoje é exibido em festivais aéreos por toda a Europa.
“Os suíços precisavam desesperadamente de peças e sabiam que havia um destes aviões parado em Faro. Só que telefonaram-me passado um mês e meio depois do incêndio que destruiu o avião. Bem, o homem quase que chorava ao telefone. Ficou inconsolável quando lhe contei. Não queria acreditar…”
Artigo Algarve 123Batizado como “Vasco da Gama” realizou o voo inaugural a 27 de Novembro de 1955 na rota Lisboa – Accra – Luanda – Lourenço Marques.
Retirado de serviço em Setembro de 1967 (TT 23.485 horas) foi vendido à International Aerodyne Incorporated que o transferiu para Miami, onde foi armazenado com a matrícula Portuguesa, que foi cancelada a 23 de Novembro de 1967.
Registado como N8338 em Julho de 1968 (registos do FAA), foi vendido a Jack A. Crosson a 21 de Novembro de 1968. Contudo o avião já estava a ser usado na ponte aérea do Biafra (estado independentista nigeriano) a 7 de Novembro de 1968 em Lisboa, com o registo N-53H. Posteriormente foi voado pela Phoenix Air Transport, batizado de “Endeavour”. Passou a ostentar um novo registo 5N-83H em Novembro de 1969, tendo sido abandonado em Faro a 13 de Novembro de 1969.
Em 1978 foi vendido por £350 a um sucateiro, que posteriormente o alienou aos irmãos Hohbert que o recuperaram e transformaram em restaurante (o “Super G”) junto à aerogare do aeroporto de Faro, de Maio a Setembro de 1981. Com as obras de ampliação da nova aerogare, teve o avião de ser retirado e desmontado.
O avião foi posteriormente colocado em 1988 num terreno junto à Metalofarense na EN125, onde durante algum tempo permaneceu abandonado e votado ao ostracismo.
Mais tarde, em Outubro de 1999, a fuselagem ardeu e os restos do avião foram posteriormente eliminados.
Um ícone da história da nossa aviação que se perdeu inexoravelmente perante a indiferença de todos……
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Faro já teve um avião histórico que hoje seria uma verdadeira atracção. Era o Lockheed Super Constellation “Vasco da Gama” construído para a TAP em 1955.
Foi o primeiro da companhia portuguesa, e mais tarde, esteve directamente envolvido na Guerra do Biafra (1967/70), a partir da capital algarvia. “Segundo contavam colegas mais antigos, houve um hangar que durante muito tempo esteve controlado pela PIDE, em colaboração com a CIA. Eles traziam feridos e regressavam com armas. Faro era uma base de operações, durante pouco tempo, mas isto aconteceu”, recorda Fernando Mesquita.
O “Vasco da Gama” acabou os dias aqui, tal como dois Constellation mais pequenos. A prova?
Recentemente, durante as obras da expansão do Aeroporto de Faro “quando fizemos a placa nova, demos com uma asa e um motor enterrado. A asa ficou lá e o motor foi para o lixo, era um pedaço de metal retorcido. Antigamente não se vendia para a sucata como hoje. Era mais fácil enterrar ”, revela.
O “Vasco da Gama” (Tango Lima Alfa) ainda serviu alguns anos de restaurante, em meados da década de 1980. Depois foi armazenado.
“Houve um projecto de um antigo director, que o queria recuperar e pôr em exposição na rotunda onde estão hoje as esculturas dos observadores”.
Ainda se fizeram “negociações e conversações”, mas a verdade é que o veterano avião da TAP acabou por ser abandonado num baldio no Patacão em 1999. Vândalos pegaram-lhe fogo e um sucateiro espanhol levou o resto.
“Os suíços precisavam desesperadamente de peças e sabiam que havia um destes aviões parado em Faro. Só que telefonaram-me passado um mês e meio depois do incêndio que destruiu o avião. Bem, o homem quase que chorava ao telefone. Ficou inconsolável quando lhe contei. Não queria acreditar…”
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